Os
mártires são aqueles que levam avante a Igreja, são aqueles que sustentam a
Igreja, que a sustentaram desde sempre e a sustentam ainda hoje. E hoje são em
números maiores em relação aos primeiros séculos da vida da Igreja.
Os mártires são em número
maior hoje, não obstante o facto que os meios de comunicação social não o digam
claramente, pois eles não constituem objeto de notícia.
Entretanto, muitos
cristãos no mundo de hoje, são bem-aventurados porque perseguidos, insultados,
encarcerados: são de facto tantos os cristãos encarcerados só por levarem
consigo uma cruz ou por terem confessado a sua fé em Jesus Cristo.
Esta
é a glória da Igreja e o nosso apoio é também a nossa humilhação: nós que temos
tudo, tudo parece fácil para nós e se nos falta algo lamentamos. Pensemos
nestes irmãos e irmãs que hoje, em números maiores a dos primeiros séculos da
Igreja, sofrem o martírio.
E
também nós hoje, é verdade e também justo, estamos satisfeitos quando vemos um
ato eclesial grande, que teve um grande sucesso, os cristãos que manifestam. E
isto é belo! Mas esta é a força?
Sim,
certamente é a força. Mas a maior força da Igreja hoje está nas pequenas
Igreja, pequeníssimas, com pouca gente, perseguida e as vezes até com os seus
bispos nas prisões, disse. Esta, é a
nossa glória hoje, esta é a nossa glória e a nossa força hoje.
Eles
com o seu martírio, o seu testemunho, com o seu sofrimento, mesmo dando a sua
vida, oferecendo a sua vida, semeiam cristãos para o futuro e nas outras
Igrejas. Dediquemos esta santa missa aos nossos mártires, para aqueles que
sofrem neste momento, para as Igrejas que sofrem, que não têm liberdade. E
agradecemos ao Senhor por estar presente com a força do seu Espírito nestes
nossos irmãos e irmãs que hoje dão testemunho dele.
Fonte:
Cidade do Vaticano (RV) Palavras do Papa Francisco durante a homilia proferida
esta manhã, segunda-feira, dia 30 de Janeiro de 2017, na Capela de Santa Marta.
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