Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com.br

O problema é que o nosso sistema permite com
que decisões de políticos possam determinar o destino de todo o povo e intervir
na vida dos cidadãos e no futuro das gerações. A complexidade da política e
mesmo sua imprevisibilidade, em que pese todos os controles do sistema
jurídico, ainda franqueia a que persistam injustiças, tanto econômicas como
sociais, muito embora as maiores vítimas ainda se encontrem nas periferias.
Isso deve fazer do poder político a preocupação central da sociedade, mesmo
porque, a justiça na realidade é uma questão política. O sucesso de eventos
desta magnitude pode até representar o ideal em termos de organização,
competência e resultados, mas pode ser efêmero diante de uma sociedade
indiferente, que não participa e que não se interessa pelo destino de seu pais
e por política.
A participação popular na Jornada
Mundial da Juventude, sugere, dentro da visão de amor e de inclusão sócio,
política e econômica pregada pelo Papa, que o povo deva participar também na
definição das metas públicas, sob pena de que os grandes dilemas apresentados
pelos protestos de ruas no Brasil, permaneçam insolúveis. Sem participação
popular e amor no coração dos líderes, dos jovens e do povo em geral, que traga
à superfície os problemas e incômodos que a maioria dos políticos prefere ver
ocultos, o sucesso deste evento poderá ser esquecido. Por isso precisamos levar
a sério, e fazer com que os nossos representantes também levem a sério a
mensagem do papa Francisco: "Ide, sem medo, para servir".
Pensamentos da semana: “Se uma
pessoa que procura Deus de boa vontade, e é gay, quem sou eu para julgá-la?”