sábado, 3 de agosto de 2013

PAPA FRANCISCO: IDE, SEM MEDO, PARA SERVIR.


Cesar Techio
Economista – Advogado

 A Jornada Mundial da Juventude acabou e deixou na saudade o burburinho do vai e vem dos encontros, dos sorrisos e do amor de mais um belo momento na vida dos brasileiros no qual nos renovamos na alegria de uma semana que ficará na história. A última semana do mês de julho de 2013 foi excepcional e coroada de êxito com as mensagens e o testemunho do Papa Francisco. A base deste evento buscou no coração de seus organizadores e participantes, um ingrediente modelar, uma força motriz que impulsiona a vida a um patamar de sucesso e de realização ao alcance de todas as pessoas de boa vontade: o amor.  Os projetos de vida de cada ser humano, inclusive dos que comandam cada instituição, associação, empresa, município ou nação, se não tiverem como princípio e fundamento o amor, tendem a fracassar. As organizações privadas ou públicas e os seus líderes que não conseguirem encarar e defrontar a vida com amor, envenenam o mundo e levam ao fracasso todas as iniciativas.

  O problema é que o nosso sistema permite com que decisões de políticos possam determinar o destino de todo o povo e intervir na vida dos cidadãos e no futuro das gerações. A complexidade da política e mesmo sua imprevisibilidade, em que pese todos os controles do sistema jurídico, ainda franqueia a que persistam injustiças, tanto econômicas como sociais, muito embora as maiores vítimas ainda se encontrem nas periferias. Isso deve fazer do poder político a preocupação central da sociedade, mesmo porque, a justiça na realidade é uma questão política. O sucesso de eventos desta magnitude pode até representar o ideal em termos de organização, competência e resultados, mas pode ser efêmero diante de uma sociedade indiferente, que não participa e que não se interessa pelo destino de seu pais e por política.

  A participação popular  na Jornada Mundial da Juventude, sugere, dentro da visão de amor e de inclusão sócio, política e econômica pregada pelo Papa, que o povo deva participar também na definição das metas públicas, sob pena de que os grandes dilemas apresentados pelos protestos de ruas no Brasil, permaneçam insolúveis. Sem participação popular e amor no coração dos líderes, dos jovens e do povo em geral, que traga à superfície os problemas e incômodos que a maioria dos políticos prefere ver ocultos, o sucesso deste evento poderá ser esquecido. Por isso precisamos levar a sério, e fazer com que os nossos representantes também levem a sério a mensagem do papa Francisco: "Ide, sem medo, para servir".



 Pensamentos da semana: “Se uma pessoa que procura Deus de boa vontade, e é gay, quem sou eu para julgá-la?”