Após investigações, Petrobras adota 66 medidas internas de governança A presidenta da Petrobras, GRAÇA FOSTER, disse hoje (18) que a estatal não está pronta para apresentar os balanços contábeis do terceiro trimestre de 2014. Os dados deveriam ter sido divulgados na última sexta-feira (14), mas o anúncio foi suspenso porque a auditoria responsável pelas contas da companhia, a PricewaterhouseCoopers, se recusou a assinar o balanço.
“Em face das eventuais denuncias e investigações da Operação Lava Jato, a companhia não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014, pois essas denúncias, se verdadeiras, podem impactar potencialmente tais demonstrações”, declarou Graça Foster, ao iniciar a apresentação do balanço operacional. As revelações do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yousseff, emendou, “podem levar a possíveis ajustes nas demonstrações contábeis”, admitiu a presidenta da estatal. “Portanto, há necessidade de mais tempo”, completou, assinalando que 66 medidas de governança estão sendo tomadas internamente.
A Petrobras apresenta, neste momento, os resultados operacionais do terceiro semestre, com 6,5% de crescimento da produção em relação ao segundo trimestre e 12,1%, na comparação com o terceiro trimestre de 2013. Em outubro, a média de produção de barris de petroleo por dia chegou a 2.126 e atingiu o pico da série histórica.
O diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, acrescentou que a companhia pretende mostrar o balanço contábil “tão logo seja possível”, mas não antecipou a data. Por outro lado, anunciou para 12
de dezembro as demonstrações contábeis não-revisadas. Os financiadores da companhia exigem os dados até 90 dias após o fim do trimestre.
de dezembro as demonstrações contábeis não-revisadas. Os financiadores da companhia exigem os dados até 90 dias após o fim do trimestre.
Auditores externos e escritórios contratados fazem a revisão das contas da Petrobras. Na avaliação de Barbassa, se confirmadas as denúncias da Lava Jato, a companhia terá que avaliar “se houve cobrança além do preço adequado, justo, por qualquer bem ou serviço”, em função de pagamento de propina, por exemplo, a diretores e políticos. Agência Brasil 17/11/2014