quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O BRASIL ESTREMECE DE VERGONHA E INDIGNAÇÃO




 Cesar Techio
Economista – Advogado

              A versatilidade de estilos, opções temáticas e comprometimento com princípios éticos, constitucionais e espírito patriótico por parte dos colunistas que amam o Brasil, prestigia o leitor na medida em que retira o clichê puramente informativo dos meios de comunicação e oferece a oportunidade para pensar, refletir, formar opinião e decidir o futuro. Como economista e advogado, poderia circunscrever minhas crônicas a conteúdos técnicos inerentes a minha área de atuação profissional. Mas temo que seja enfadonho ao leitor e, pior, não contribuiria de forma mais ampla para uma reflexão cívica sobre o destino a que, como povo, muitas vezes somos submetidos.  Nesta senda, os irracionais, dementes e assustadores escândalos que assolam o país, aliados aos graves problemas políticos e econômicos que revoltam os brasileiros, me deixam estupefato. Na mesma linha com que critiquei a diplomacia internacional do ex-presidente Lula, próxima a tiranos sanguinários e de governos antidemocráticos como o do Irã, Cuba, Venezuela, Bolívia, entre outros, buscarei, regularmente, a partir de 2015, analisar informações e fatos que estão fazendo o país estremecer de vergonha e indignação.
              A ideia de cerceamento da imprensa, chamada por alguns de “regulação da mídia”, com o claro objetivo de reduzir as grandes empresas jornalísticas do Brasil, me parece ser um dos maiores perigos para a democracia. Não podemos desconsiderar que o sucesso ao combate à corrupção e em especial a eliminação das ratazanas criminosas que infestam o meio político e a Administração Pública nacional, muito se deve a grande imprensa. Limitar a concentração dos meios de comunicação por um mesmo grupo econômico pode até ter matizes constitucionais (proibição de oligopólios ou monopólios). Mas isso me parece temeroso, uma vez que grupos fortes, independentes e livres de pressões políticas e ideológicas, num país de dimensões continentais como o nosso, são os únicos que possuem poder para cobrir todo o território nacional com informações investigativas e de qualidade.

               Assim funcionam as revistas Veja, Isto É, Época e jornais como o Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Gazeta do Povo, O Globo, Correio do Povo, Zero Hora e grandes canais de televisão e de rádio como os da Rede Bandeirantes, Globo, SBT, Record, muito odiados por políticos em geral e por setores da esquerda stalinista que, como Antonio Gramsci, sonham com a derrota do “Estado capitalista”. Enfim, chegamos ao final do ano com os nervos a flor da pele por conta de tanta denúncia de roubalheira, golpes contra o erário e empresas estatais, falcatruas na Administração Pública, com o envolvimento de partidos políticos e quadrilhas de especialistas em detonar o Brasil, afora a carestia da inflação que está matando o povo nos supermercados. Ao comprar o jornal a Folha de São Paulo, neste domingo, em Balneário Camboriú, perguntei a dona da banca se tinha alguma notícia boa. Ela me respondeu: “Só se mandarem prá cadeia todo o Congresso Nacional”