quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

AQUECIMENTO GLOBAL: GUERRAS, MIGRAÇÕES E EXTINÇÃO DA VIDA NA TERRA.





Cesar Techio - Economista – Advogado
                                              cesartechio@gmail.com

                      O presidente francês François Hollande, na abertura da Conferência Mundial do Clima, a COP-21, em Paris, nesta segunda feira, conclamou a humanidade sobre a urgência do tempo e da última oportunidade para tentar salvar o planeta, alertando as autoridades mundiais sobre a necessidade de darem a mesma atenção, tanto aos combates contra o terrorismo, quanto à luta para combater o aquecimento global. O presidente francês lembrou aos 195 países representados na conferência, que o clima tem forte influência em instabilidades políticas que podem levar a conflitos:  "As mudanças climáticas trarão conflitos assim como as nuvens trazem tempestades. Estados correm o risco de não conseguir mais prover as necessidades básicas de suas populações, com o risco de surtos de fome, êxodo rural e conflitos por um recurso cada vez mais escasso: a água”

     O Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou ser necessário um acordo universal significativo cujo sucesso depende de quatro critérios: O primeiro é que o acordo seja ser duradouro, mandando um sinal claro aos mercados de que é inevitável uma transformação econômica global ligada a baixas emissões de gases que causam o efeito estufa. O segundo está vinculado ao dinamismo do acordo, que precisa acomodar mudanças na economia global, com um balanço entre liderança dos países desenvolvidos e maior responsabilidade das nações em desenvolvimento. O terceiro exige um acordo que inclua solidariedade com os mais pobres e vulneráveis e o quarto inclui a credibilidade.

     O presidente dos EUA, Barack Obama, deu o tom da urgência e do drama que a humanidade está vivendo: "Acredito nas palavras de Martin Luther King Junior, de que existe uma hora em que é tarde demais. Na questão das mudanças climáticas, estamos quase em cima da hora. Somos a primeira geração a sentir os efeitos das mudanças climáticas e a última que pode fazer algo a esse respeito. Nenhuma nação, grande ou pequena, rica ou pobre, está imune ao que isso significa". Obama foi enfático ao afirmar as consequências da inércia: "Países submersos, cidades abandonadas, campos que já não crescem mais. Distúrbios políticos que desencadeiam novos conflitos, deixando mais pessoas desesperadas que buscam abrigo em nações que não são delas".

     A realidade é que as florestas de todo o mundo, assim como as algas marinhas e de água doce, estão desaparecendo e são elas que fornecem o oxigênio que respiramos. A acumulação de dióxido de carbono na atmosfera já é sentido em todos os lugares da terra e por conta dele a temperatura da atmosfera está se elevando a uma altura em que jamais esteve antes. As árvores continuam sendo cortadas, sem discernimento, e destinadas a coisas inúteis, como jornais, revistas, pacotes de supermercado, etc. A população da terra, no momento em que escrevo esta coluna é de aproximadamente 7 bilhões, 253 milhões e 861 mil pessoas e continua crescendo vertiginosamente (veja o Relógio Mundial em http://www.poodwaddle.com/clocks2pw.htm). Água potável e comida vêm sendo insuficientes diante do crescimento da demanda. Aliado a isso, relatórios das Nações Unidas falam que a cada ano, milhões de terras cultivadas e pastagens se degradam a condições semiáridas, reduzidas a produtividade zero. Gases produzidos por caminhões, automóveis e fábricas estão produzindo um enorme buraco na camada de ozônio, necessário para proteger a humanidade, fauna e flora. Raios mortais do sol estão penetrando nossa atmosfera e, como disse o presidente americano, somos a primeira geração a sentir os efeitos das mudanças climáticas e a última que pode fazer algo a esse respeito.

Pensamento da semana: “Apoie as energias renováveis”. Greenpeace