EXEMPLO PARA OS SEMINARISTAS.
Site criado para comunicação entre ex-seminaristas franciscanos dos Seminários São João Batista de Luzerna - SC e Seminário Santo Antonio de Agudos -SP.
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
domingo, 10 de dezembro de 2017
O ADEUS
Quatro
anos passam depressa, quando se é adolescente.
No dia
05 de dezembro de 1975 chegamos ao fim da nossa convivência.
Com a
presença de familiares, festejamos a despedida com um festivo almoço no
refeitório.
O Seminário
recepcionava as famílias de seus seminaristas.
As 17
horas participamos da última missa.
Era
estranho aquele sentimento de despedida.
Frei
Tarcísio falou em comprometimento com o que havíamos apreendido. Lembrou da opção
franciscana pelos pobres, desvalidos, pelos mais necessitados.
Que
sempre tivéssemos respeito pela natureza, como São Francisco.
Caridade!
Compaixão!
Partilha!
Conversão
permanente!
Exortava
do altar, com emoção.
E
lembrou Frei Anselmo Hugo Schweitzer, falecido meses antes.
Todos
choraram.
Hoje,
cravados no tempo exatos 42 anos, entendo do porquê permanece viva na memória
do coração da nossa turma, a figura ímpar daqueles formadores que faziam o Seminário
pulsar no ritmo franciscano:
Frei
Maurílio Schelbauer, diretor - Frei Danilo Marques da Silva, diretor - Frei Tarcísio Theeis, Orientador - Frei
Anselmo Hugo Schweitzer,
professor - Frei José Lino Luckmann, professor - Frei Flaviano Decksler, Frei Francisco Orth,
professor - Frei Elói Piva, professor - Frei Celso Chiarelli, professor - Dulce
Zanini, professora - Irmã Lurdes Piccini, professora - Frei Aloisio Hellmann, irmão,
motorista caminhão - Frei Isidoro Back, irmão - Frei Olivério Finger, irmão,
padeiro e marceneiro - Frei Rainério Soares da Silva, irmão, padeiro e
marceneiro - Frei Bruno Kreling, Paróquia de Luzerna - Frei Sérgio Hillesheim,
benfeitor de Pato Branco - Clara, Sueli e Valéria, cozinheiras - Ilse,
lavanderia.
No Teatro eram 22 horas, quando terminaram as homenagens,
as despedidas e os abraços da turma:
Cesar Techio - Coraldino Ribas Netto - Darcy Somensi - Esidio Bolis - Elói J. Felini - Fernando Deon - Flávio Sartori - Francisco Morás - Geraldo
Turcatto -Gilberto Pagliarim - Idavir Mascarelo - Leodir Fontana - Maurílio de Rossi -Milton da Cunha -Navílio
Adriano -Moacir J. Agnes -Otávio
Dalpubel -Reinaldo Schereiner - Valmor
Simom -Vilmar Matiello -Zeferino de Marco - Renato Davi Hammes.
Adeus Seminário São João Batista.
Deus te guarde.
Em 05 de dezembro de
2017 - (Há 42 anos do dia da despedida).
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
COMO FEZ CALOR NAQUELE MÊS DE OUTUBRO DE 1972...
Apesar de tantas atividades propostas pelo programa de
formação, o tempo parecia paralisado, manquejando pelas horas intermináveis,
vagabundeando com o torvelinho do vento no jardim, vagueando em parafuso noite
adentro com os vagalumes acasalando.
Um seminarista solitário, sentado sobre algumas pedras, no
caminho que levava ao convento, executava uma música com a flauta: “Quando
olhei a terra ardendo, qual fogueira de São João, eu perguntei a Deus do Céu,
aí, por que tamanha judiação...”
Aquele colega participava do coral que Frei Tarcísio
dirigia.
Frei Tarcísio era polivalente. Orientador, professor de
matemática, de música... e da banda do Seminário. Naquele ano ele havia
preparado a banda para o desfile das comemorações passadas, do dia sete de
setembro.
Com que galhardia, que pela rua principal de Luzerna
marchamos ao som da banda do Seminário...
Era a idade dos sonhos que personificavam o desprendimento
e o ideal de um cavaleiro e herói que, apeando do seu cavalo, colocou em mãos
putrescentes seu dinheiro, beijando o leproso com a doçura de sua alma.
Éramos os arautos de movimentados e alegres dias.
Era comprometedor aquele impulso penetrante que, no peito
de cada, abraçava um ideal maior: O DE SER FELIZ.
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