quinta-feira, 24 de março de 2016

DEFENSORIA PÚBLICA QUER SABER DO GASTO DE 2 MILHÕES COM LABORATÓRIOS PARA DIZER QUE A PILULA DO CÂNCER NÃO DÁ CERTO. MAIS UMA MARACUTAIA

Criador da 'pílula do câncer' rebate resultados negativos de estudos


Omar Freitas/Folhapress
Saúde + Ciência 02.03.2016 - Gilberto Chierice, professor da USP que sintetizava a fosfoetanolamina, substância conhecida como 'pílula do câncer'. (Foto: Omar Freitas/Folhapress)
Gilberto Chierice, professor da USP que sintetizava a fosfoetanolamina


O professor aposentado de química da USP Gilberto Chierice, o "pai" da fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida como "pílula do câncer questionou, em um ofício da Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro, os resultados independentes sobre a ação da droga.
Os testes fazem parte da investigação patrocinada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e tiveram resultados divulgados nesta semana. Em resumo, eles apontam a segurança dos componentes da fórmula e uma ineficácia em agredir células tumorais in vitro.
Outra constatação foi o baixo teor de fosfoetanolamina na cápsula: menos de um terço do total. A resposta de Chierice a essa crítica é a de que a "fosfo" e ácida, "portanto, para ser ingerida, tem que ser neutralizada, o que é feito com sais de cálcio, magnésio e zinco".
O aparecimento de outras substâncias -monoetanolamina protonada e fosfobisetanolamina-, segundo o químico, poderiam ser "produto de degradação durante o processo de análise".
Curiosamente, uma dessas substâncias "piratas", a monoetanolamina, e somente ela, mostrou razoável efeito antitumoral nos testes.

Editoria de arte/Folhapress
Pílula anti-câncer

Além de Chierice, Durvanei Augusto Maria também participou da elaboração do documento da Defensoria Pública. Originalmente ele fazia parte do mesmo grupo de trabalho do MCTI que analisa a "pílula do câncer". Segundo ele, um dos problemas dos estudos foi a ordem de grandeza testada, até 100 vezes menor que aquela já usada em outros testes.
A comparação com a droga antitumorais clássicas como a cisplatina revelou que a monoetanolamina é 3.000 vezes menos potente, em seu melhor desempenho.
O motivo da estridente diferença seria que a fosfoetanolamina, por ser uma molécula já presente no organismo, só "em excesso" poderia ter alguma ação farmacológica observável. Dessa forma, a "fosfo", que é um lipídio, com sua mera presença na membrana celular, influenciaria o funcionamento de diversas moléculas importantes para o funcionamento da célula -inclusive a tumoral.
"Não há uma concentração em que ela se torne tóxica. Pode-se dar uma maior dose para conseguir suplantar o metabolismo que a célula já tem." Um dos testes, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, afirma Maria, usou uma formulação de sua autoria que está patenteada no exterior –por isso, diz, solicitou reiteradamente sua exclusão do grupo de trabalho.
O ofício foi assinado pelo defensor público federal Daniel de Macedo Alves Pereira, encaminhando nesta terça (22) para a secretária executiva do MCTI Emília Maria Silva Ribeiro Curi, que ainda não avaliou o documento.
A discussão tomou fôlego na mesmo dia em que o Senado aprovou o projeto de lei que autoriza produção, importação e uso da fosfoetanolamina, mesmo sem aprovação da Anvisa.
Por fim, o ofício da Defensoria Pública da União pede que sejam esclarecidos o dispêndio da ordem de R$ 2 milhões para essa etapa da pesquisa patrocinada pelo MCTI, apresentando os "fatores que determinam gastos e lucro obtido por cada um dos laboratórios envolvidos" e dá um prazo de dez dias para que isso ocorra.

sexta-feira, 18 de março de 2016

MANIFESTO A FAVOR DE SÉRGIO MORO 17 03 2016 JUÍZES FEDERAIS





 
"A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) vem a público manifestar total apoio ao juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, na condução dos processos relacionados à Operação Lava Jato.

O juiz federal Sérgio Moro retirou o sigilo do processo de interceptação telefônica deferido judicialmente – com concordância do Ministério Público Federal – em face do ex-presidente Lula, que revela diálogos de graves repercussões, inclusive com a presidente da República Dilma Rousseff.
O artigo 5º, LX, da Constituição Federal estabelece como princípio a publicidade dos atos processuais. A prova resultante de interceptação telefônica só deve ser mantida em sigilo absoluto quando revelar conteúdo pessoal íntimo dos investigados. Tal não acontece em situações em que o conteúdo é relevante para a apuração de supostas infrações penais, ainda mais quando atentem contra um dos Poderes, no caso o Judiciário.

“Nos termos da Constituição, não há qualquer defesa de intimidade ou interesse social que justifiquem a manutenção do segredo em relação a elementos probatórios relacionados à investigação de crimes contra a Administração Pública”, diz a fundamentação da decisão do juiz federal Sérgio Moro.

As decisões tomadas pelo magistrado federal no curso deste processo foram fundamentadas e embasadas por indícios e provas técnicas de autoria e materialidade, em consonância com a legislação penal e a Constituição Federal, sempre respeitando o Estado de Direito. No exercício de suas atribuições constitucionais, o juiz federal Sérgio Moro tem demonstrado equilíbrio e senso de justiça.

A Ajufe manifesta apoio irrestrito e confiança no trabalho desenvolvido com responsabilidade pela Justiça Federal no Paraná, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, bem como pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal – todas a partir da investigação da Polícia Federal, Receita Federal e do Ministério Público Federal.

A Ajufe não vai admitir ataques pessoais de qualquer tipo, principalmente declarações que possam colocar em dúvida a lisura, a eficiência e a independência dos juízes federais brasileiros".

quarta-feira, 16 de março de 2016

SANTO BENVENUTO TECHIO: MOMENTOS DE UMA VIDA. 90 ANOS DE IDADE.

SANTO BENVENUTO TECHIO: MOMENTOS DE UMA VIDA. 90 ANOS DE IDADE.