Site criado para comunicação entre ex-seminaristas franciscanos dos Seminários São João Batista de Luzerna - SC e Seminário Santo Antonio de Agudos -SP.
sábado, 21 de dezembro de 2013
APRESENTAÇÃO DAS FELICITAÇÕES DE NATAL À CÚRIA ROMANA
Senhores Cardeais, Amados irmãos no episcopado e no sacerdócio, Amados irmãos e irmãs!
Agradeço cordialmente ao Cardeal Decano as suas palavras. Obrigado!
O Senhor concedeu-nos a graça de fazermos uma vez mais o caminho do Advento, tendo rapidamente chegado aos últimos dias que precedem o Natal, dias permeados dum clima espiritual único, feito de sentimentos, recordações, sinais litúrgicos e não litúrgicos, como o presépio... Neste clima, situa-se também o tradicional encontro convosco, Superiores e Oficiais da Cúria Romana que prestais diariamente a vossa colaboração para o serviço da Igreja. A todos vos saúdo cordialmente; seja-me permitido que saúde de modo particular o Arcebispo Pietro Parolin, que há pouco começou o seu serviço como Secretário de Estado e precisa das nossas orações!
Ao mesmo tempo que temos os nossos corações repletos de gratidão a Deus, que nos amou até ao ponto de entregar o Filho Unigénito por nós, é bom dar espaço à gratidão também entre nós. E, neste meu primeiro Natal como Bispo de Roma, sinto necessidade de vos dizer um grande «obrigado» a todos, como comunidade de trabalho, e a cada um pessoalmente. Agradeço-vos pelo vosso serviço de cada dia: pelo cuidado, a diligência, a criatividade; pelo empenho, nem sempre fácil, em colaborardes no departamento ouvindo-vos, confrontando-vos, valorizando as diferentes personalidades e qualidades no respeito recíproco.
De forma particular, desejo exprimir a minha gratidão àqueles que, neste período, terminam o seu serviço e passam à reforma. Bem sabemos que, como presbíteros e bispos, nunca se vai para a reforma; mas do serviço, sim. E é justo; até para se dedicar um pouco mais à oração e ao cuidado das almas, a começar pela própria! Assim, um «obrigado» especial, que me vem do coração, para vós, amados irmãos que deixais a Cúria, sobretudo para vós que aqui trabalhastes durante tantos anos e com grande dedicação, sem dar nas vistas. Isto é verdadeiramente digno de admiração. Muito admiro estes Monsenhores que seguem o modelo dos antigos curiais, pessoas exemplares… Mas hoje também os temos! Pessoas que trabalham com competência, precisão, abnegação, realizando cuidadosamente o seu dever quotidiano. A minha vontade era nomear aqui algum destes nossos irmãos para lhes exprimir a minha admiração e gratidão, mas sabemos que, numa lista, os primeiros que se notam são aqueles que faltam e, ao fazê-lo, corro o risco de esquecer alguém e cometer assim uma injustiça e uma falta de caridade. Contudo quero dizer a estes irmãos que constituem um testemunho muito importante no caminho da Igreja.
E são um modelo; e a partir deste modelo e deste testemunho deduzo as características do Oficial de Cúria, e mais ainda do Superior, que gostaria de sublinhar: o profissionalismo e o serviço.
O profissionalismo, que significa competência, estudo, actualização… Isto é um requisito fundamental para trabalhar na Cúria. Naturalmente, o profissionalismo vai-se formando e, pelo menos em parte, adquire-se; mas, precisamente para que se forme e seja adquirido, penso que é preciso haver, desde o início, uma boa base.
E a segunda característica é o serviço, serviço ao Papa e aos bispos, à Igreja universal e às Igrejas particulares. Na Cúria Romana, de um modo especial aprende-se, «respira-se» esta dupla dimensão da Igreja, esta interpenetração entre universal e particular; e penso que esta seja uma das mais belas experiências de quem vive e trabalha em Roma: «sentir» assim a Igreja. Quando não há profissionalismo, lentamente vai-se escorregando para o nível da mediocridade. A resolução dos casos reduz-se a informações estereotipadas e comunicações sem fermento de vida, incapazes de gerar horizontes grandes. Por outro lado, quando o procedimento não é de serviço às Igrejas particulares e seus bispos, então cresce a estrutura da Cúria como uma alfândega pesadamente burocrática, inspectora e inquisidora, que não permite a acção do Espírito Santo e o crescimento do povo de Deus.
A estas duas qualidades, profissionalismo e serviço, gostaria de acrescentar uma terceira, que é a santidade de vida. Bem sabemos que esta é a mais importante na hierarquia dos valores. Efectivamente, está na base também da qualidade do trabalho, do serviço. E quero reiterar aqui o que já mais de uma vez disse, publicamente, para agradecer ao Senhor: na Cúria Romana houve, e há, santos. Santidade significa vida imersa no Espírito, abertura do coração a Deus, oração constante, humildade profunda, amor fraterno nas relações com os colegas. Significa também apostolado, serviço pastoral discreto, fiel, realizado com zelo no contacto directo com o povo de Deus. Isto é indispensável para um sacerdote.
Santidade, na Cúria, significa também objecção de consciência. Sim, objecção de consciência às murmurações! Nós, justamente, insistimos muito sobre o valor da objecção de consciência, mas talvez devamos exercitá-la também para nos defendermos de uma lei não escrita que, infelizmente, existe nos nossos ambientes: a das murmurações. Então, façamos todos objecção de consciência! E olhai que não pretendo, com isto, fazer apenas um discurso moral ! Porque as murmurações lesam a qualidade das pessoas, lesam a qualidade do trabalho e do ambiente.
Queridos irmãos, sintamo-nos todos unidos neste último pedaço de estrada para Belém. Nisto pode fazer-nos bem meditar sobre o papel de São José, tão silencioso e tão necessário junto de Nossa Senhora. Pensemos n’Ele, na sua solicitude pela Esposa e o Menino. Isto é de grande inspiração para o nosso serviço à Igreja! Por isso, vivamos este Natal espiritualmente unidos a São José. Isto vai fazer-nos bem a todos!
Muito obrigado pelo vosso trabalho e, sobretudo, pelas vossas orações. Sinto-me deveras «levado» pelas orações, e peço-vos que continueis a sustentar-me desse modo. Também eu vos recordo ao Senhor e abençoo, desejando um Natal de luz e de paz para cada um de vós e vossos entes queridos. Feliz Natal!
Estava eu brincando na net hoje, com pouca coisa pra fazer em meu trabalho, quando lembrei de amigos do Seminario. Então encontrei seu trabalho que esta fazendo, fotos e muito mais coisas. Confesso que correu uma lagrima ao lembrar de tudo que se passou a tempos. Saudades dos amigos, do Seminario mesmo, de tudo. Parabens pelo que voce fez. Estou longe de SC hoje. Vivendo no Mato Grosso a 30 anos. Agora que encontrei amigos dos bons tempos que vivi espero poder conversar mais. Abração.
Cidade de Santa Carmen
ELÓI JOSÉ FELLINI
Geraldo Manzela Turcato
JOSE EDUARDO MANZO
Caro César,
Não nos conhecemos, nem tive o privilégio de conviver contigo. Só hoje conheci teu blog.
Pude me emocionar ao percorrer novamente o caminho até o seminário de Agudos. Derramei lágrimas na entrada de sua bela igreja - nem me lembrava de que ela é tão imponente!
A piscina me trou recordações contraditórias, nem todas boas, mas divertidas (sou hidrófobo até hoje!).
A morte do inesquecível frei Gregório!...
Leio o nome de colegas, separados pela vida e pelo tempo!
Como terá ficado nossos sonhos de servir a Cristo nos caminhos trilhados por São Francisco?
E a nossa Igreja, sempre ameaçando desabar, à espera de um milagre, de um novo Francisco que saiba dialogar com o povo e suas necessidades, ao mesmo tempo que é fiel ao papa, à tradição - coisa cada vez mais difícil.
Um abração deste novo amigo.
Moro em Monte Alegre do Sul - SP, exerço um ministério na paróquia.
Sou casado, três filhos, ainda sonho com um mundo melhor.
Caro Techio, segue foto de turma de 1965 em Agudos. Estamos tentando fechar os nomes e endereços eletrônicos. Contatos comigo e pelos contatos de tua página. Meu endereço barrio@barrionuevo.com.br. Também estou tentando contato com José Luiz Diógenes Travessa, Bibiano Gomes e João de Jesus Rodrigues Fiuza. Abraço. José
OLUCIRES JOSÉ DA SILVA
Olá César. Prazer falar com você. Não o
conheço. O encontrei nos recados de ex-seminaristas dos Seminários de Rio
Negro, Agudos, Rodeio e Luzerna.
Fui Seminarista em Rodeio-SC em 1959 e
1960; em Rio Negro-PR em 1961 e 1962 e, finalmente em Agudos-SP em 1963 e 1964.
Não sei se você é o Responsável pelos
saudosos seminaristas dos anos citados, ou melhor: faz intercâmbio entre
aqueles que estudaram nesses seminários.
De qualquer forma, gostaria de relembrar
alguns deles, quando lá estiveram, pois já faz muito tempo.
Você saberia como? O que devo fazer?
Um forte abraço.
Olucires José da Silva
VALDORINO BALDO
Alo César Techio. Sou Valdorino Baldo,
irmão do Adi Baldo, estudei em rio negro em 69 e 70, e 71 em Agudos. Moro em
Francisco Beltrão - PR, e meu telefone é (46)3523-3988 e email o mesmo que
estou usando para lhe enviar esta mensagem.( valdorino@hotmail.com)
Gostaria de estabelecer contato contigo.
Att.
Valdorino Baldo
João José Ferreira paracesartechio@gmail.com
data12 de setembro de 2010 09:35
assuntoapresentação
enviado porgmail.com
assinado porgmail.com
Oi, Cesar, tudo bem!
Grande idéia a sua, bacana mesmo. Sou João José Ferreira. Estudei em Agudos de
1979 a 1983, fiz noviciado em Rodeio, 1984 e parei em Rondinha, Campo Largo, em
1985. Estudei com Elígio Luís Rowedder(vulgo Conitcha), Dirceu Lorenzetti(vulgo
Leão), Sidney Adílson Becker(vulgo Beckinha), Jhon Bernard Kleba, Sérgio
Pazinatto, Antoni Barbosa Bittencourt, Claudionor Alves Viana, Sérgio Baggio,
Roberto Tonin, e muitos outros que me perdoem se não recordei todos, mas eram
muitos. Gostaria de ter notícias deles.
A sua idéia resgata memórias e suaviza, de alguma forma, a tensão e o stress em
que a maioria das pessoas estão mergulhadas. Parabenizo voce porisso.
P.S.; Sou de Taubaté, Vale do Paraíba, interior de S. Paulo. Trabalho numa
transportadora que atende a região, uma empresa familiar. Folgo aos sábados a
tarde e domingos, e fiquei muito animado de ter a oportunidade de relembrar
esses bons tempos dessa maneira "suiu generis" que voce proporcionou.
Um grande abraço
BARRIONUEVO
Prezado Cesar:
Deixei o seminário em 1967 (ou 66?), no segundo ano do segundo grau de Agudos.
Fui por 30 anos jornalista de política, colunista, comentarista, do Correio do
Povo, Rádio Guaíba, RBSTV, Zero Hora, Rádio Gaúcha, hoje tenho uma empresa
(Barrionuevo Gestão de Imagem), no RS. Resido em Porto Alegre desde 1968, estou
com 63 anos, tenho dois filhos, uma neta.
Parabéns pela comunicação que estás estabelecendo, reencontrando pessoas,
buscando as origens de oportunidade única de ter estudado num seminário com
aquele padrão franciscano de Agudos.
Há muitos anos não reencontro colegas de seminário.
Talvez possa reencontrar grandes amigos como Antoninho Tadeu Piedade Melaré,
José Luiz Diógenes Travessa, João de Jesus Rodrigues Fiuza, Gilberto Giusti,
Francisco Arenhart. Pelo teu blog é possível, Agradeço. Abraço a todos.
José Barrionuevo
Em tempo: podes disponibilizar meu endereço de e-mail e minha mensagem, se
assim entenderes. barrio@barrionuevo.com.br
vilmar.mattiello@caixa.gov.br
Cesar!
Que bom “reencontrar” vc!
Vi seu blog e a lista dos ex-seminaristas.
Sou Vilmar Luiz Mattiello, seminarista em
73/78 em Luzerna e Agudos.
Alguém falou que vc está advogando em
Concórdia, mas faz tempo que ouvi isto.
Trabalho na CAIXA Federal há quase 30 anos
e estou de gerente geral na agencia Chapecó!
Grande abraço
Vilmar Luiz Mattiello
paulo.casagrande@sesipr.org.br
Olá!
Pesquisando vi meu nome na relação do
Seminário Santo Antonio de Agudos, foi há muito tempo!
Tem alguma notícia mais recente?
Grato
Paulo Rogério De Mari Casagrande Analista
Administrativo Financeiro
Serviço Social da Industria Sistema
Federação das Indústrias do Estado do Paraná
Rua Maria Helena, 707
São José dos Pinhais / Pr - BrasilCep:
83.005-480
' fone 55 (41) 3299-6367 7 fax (41) 55
3299-5379
Franciso Gabriel Heidemann
heidex0@gmail.com
Colega de Francisco Orth
Meu caro Cesar:
Acabei de ter contato com seu blog e
descobri que meu antigo colega de Agudos,
o Chico Orth, já é falecido. Desde então
nunca mais o havia visto ou ouvido a seu respeito.Fomos colegas de turma a
partir de 1957, em Rio Negro.
Outros nomes da mesma turma que vi em seu
blog são:Olivo Tondello,
Élio Zilio(tb
falecido),Vitalino.
Perdi contato com todos eles. Recentemente um colega de turma,Osvaldo Lazarotti,fez
contato comigo. Tenho fotos desses tempos, mas já não me recordo os nomes dos ex-colegas.
Estudei em Rodeio nos anos de 1955-56; em
Rio Negro, em 1957; e em Agudos, de 1958-1963. Além disso, ainda fui a Rodeio
(novicidado, 1964), Curitiba (filosofia, 1965-66) e um ano em Petrópolis
(teologia, 1967). Foi no final de 1967 que deixei o seminário.
Fiz carreira acadêmica como professor na
UFSC e na UDESC, em Florianópolis, SC. Na Universidade me dei conta do
diferencial que significou para a minha vida profissional a formação que recebi
no seminário. A educação do seminário foi, sem qualquer exagero, uma educação
de primeiro mundo, senão melhor, mais completa!
Sei que em Curitiba há um número grande de
ex-seminaristas de Agudos. O pessoal do sul do Brasil, que deixou o seminário,
se concentrou em grande número na cidade de Curitiba nos anos 60 e 70. Era uma
forma de estar num centro um pouco mais avançado e não tão longe de suas
famílias de origem, quase sempre do meio rural. È muito louvável sua iniciativa
de criar um meio que faz com que a gente possa recordar e talvez até encontrar
algum colega antigo que esteja por aí por perto, já que, com internet, todos
estão por perto!
Um grande abraço
Francisco G. Heidemann
NOTA: Frei Francisco Orth foi meu
orientador em Luzerna - SC, uma verdadeira benção, um grande exemplo de amor ao
próximo. Que saudades !
sou de Goiás e também fui seminarista franciscano, no Regina Minorum em
Anápolis-Goe Agudos em São
Paulo. Cheguei em Agudos em 1967 e voltamos todos para Goiás no final de 1968. Desde
2003 pra cá que mantenho contato principalmente com meus ex colegas.
Minha turma é é do dom Bosco e Dom Figo, já falecido.
Uma turma antes de Dom Leonardo Ulrich Steiner.
Tem muitos outros nomes
Moro em Goiânia-62-9614-8677
Estou sentindo falta daquela parte do site do Seminário
Histórico/turma de alunos ano a ano des 1950.
Abraços felicidades e parabéns.
Depois te passo mais informações como a lista que tenho
Aquele site os desbravadores também era muito bom mas expirou..
Felicidades e bom final de semana.
Rômel Cândido Meireles
ola, cesar tudo bem, sou Gelcio Antonio
Zanin, navegando pela internet, encontri um site e vi vc, estudei em Luzerna de
1973/76 juntamente com Gelso Matiello< Nelvo Matiello, Francico Mateillo
e outros mais, me lembro de vc, onde vc anda? eu moro e Curitiba<
trabalho com automoveis, e construcao civil, quero manter contato contigo e com
outros, vi que Luiz Toigo e Delcio Lorenzetti se formaram padres que bom, acho
que foram os unicos da nossa turma, que bom relembras velhos tempos, um abraco
tudo de bom, espero teu contato seu.
Ainda neste dias estava falando mal de vc.
meu deus quanta saudades. lembro de tudo. vejo tuas maluquices em meu
pensamento e chego a ter vontade de chorar, pois adorava tudo o que vivemos. Eu
adorava o que vc fazia. Parecia que não regulava muito bem. Mas, vc era o mais
cabeça feita de todos nós. Não sabes quem eu sou? Hoje sou escritor. tenho
vários livros escritos e comecei a escrever naquela Epoca, pois adorava fazer
redações cheias de muita emoção e fantasia. Não lembra?
Sou o geraldo manzela turcato. Tenho muitas
saudades daquele tempo e de todos.
meus emails: gegeturcato@yahoo.com.br e
gegeturcato@ibest.com.br
fones 41 33731275 e 8433 9653;=20
Hoje sou presidente de uma associação de
moradores reconhecida na italia e em nova york e em muitos estados do brasil. veja
na internet por geraldo, turcato...
Foi assim que decobri vc, seu louco, um
forte abraços e que de te dê muita luz e paz.
De
Osnin Jorge Paiva Olá César:
Não nos conhecemos, mas vi seu recado no
seu blog. Sou da turma que freqüentou o Seminário de Santo Antonio em Agudos
durante os anos 60 a 64. Lá deixei grandes e bons amigos, mas perdi contacto
com quase todos eles. Se alguém deste grupo entrar em contacto contigo, lhe
agradeço por me informar.
Participei do encontro de ex-seminaristas em
Agudos em janeiro deste ano. Mas revi muito poucos de minha turma. Além do fato
de que estamos todos já velhos (digamos melhor, um pouco “coroas”) e não nos
reconhecemos facilmente.Os meus dados estão abaixo. Se entrar no site de nossa
empresa, saberão um pouco mais a que me dedico.Obrigado e Boa Pascoa,
Oi, César, genial a iniciativa de provocar
ou incentivar o contato entre colegas ex-seminaristas franciscanos, guardo
ótimas recordações, devo muito, senão quase tudo da minha formação, aos anos de
seminário. E essa bagagem, enriquecida, não tenho dúvida, no convívio com
dezenas e dezenas desses ex-seminaristas. Poderia citar muitas dezenas deles,
amigos de estudo, dos jogos, dos passeios... Sou Roque José kammers (de
Angelina): Rodeio, em 1954, Rio Negro 55, Agudos de 56 a 62, Noviciado em
Ctba.64 e 65, quando saí. Sempre estranhei, alguns dos colegas com quem convivi
(embora poucos), passarem a hostilizar o período de seminário, respeito-os, têm
lá as suas razões... Da minha parte, porém, só guardo saudades e gratidão. Não
vou citar ninguém entre ex-seminaristas com quem convivi, e guardo saudades,
são muitos, cometeria injustiça por exclusão. Mas gostaria, sem dúvida, de me
relacionar com quem tivesse o mesmo interesse, saber por onde andam.... Sou
hoje pai de três filhos, todos casados, professor aposentado, moro em Curitiba,
atualmente advogo.
Um abraço, César, e a todos
Roque
Gisele Zella giselezella@hotmail.com
OLÁ!
Bom não sei se voce poderá me ajudar,mas
assim,meu tio fez parte de luzerna da turma de 1965,mas infelizmente ele
faleceu ainda muito jovem,meu pai era muito ligado com ele mas ne época muito
pobre,ficamos sem fotos e enfim sem nada para recordaçao,gostaria de receber
qualquer coisa daquela época,fotos de turma ,qualquer coisa mesmo,ja pesquisei
alguma coisa mas ñ consegui nada,o nome de meu tio é Guido Zella,ele era
natural de canoinhas sc,ñ concluiu os estudos pelo agravamento da doença.Espero
que possa me ajudar sei queé dificil,diante de tantos anos mas quem sabe alguem
da época ñ tenha alguma coisa,desde ja agradeço!
RESPOSTA: SOLICITAMOS AOS COLEGAS DA ÉPOCA
QUE LEMBRAM DO GUIDO ZELLA, SE TIVEREM ALGUMA FOTOGRAFIA QUE INCLUA O GUIDO,
POR FAVOR DIGITALIZAR E ENVIAR PARA A GISELE ZELLA, e-mail acima.
Um abraço a todos os colegas e todas as
épocas.
Cesar Techio
Ola!!!
Vi o nome de muita gente conhecida... Meu irmão (Thiago Faria) foi seminarista
da turma de 1995... convivi com várias pessoas que passarm pelo Seminario entre
1995 e 1998 e muitos eu não tenho mais notícias...
Vou
deixar meu e-mail caso alguém daquela turma queria entrar em contato:
Voce sabe onde encontrar Deus?
Embora se deva reconhecer a importância das igrejas, dos templos e dos locais
de reunião como ambiente pedagógico no qual Deus tem por hábito frequentar
(“Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio
deles." Mateus 18,20) é preciso convir que é pura perda de tempo
procurá-lo exclusivamente nestes locais ou por meio de líderes religiosos, por
mais carismáticos, inteligentes e coerentes que sejam. Também não me parece que
se possa encontrar Deus somente nas escrituras, nas doutrinas e nas explicações
teológicas, as quais ajudam entender a história e recheiam a mente de
conhecimento. Então, onde encontrar Deus? Jesus deu o norte: “Não sabeis vós
que sois o templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?” (I Co 3:16 ).
Então, é preciso dizer que o Templo não está do lado de fora, mas do lado de
dentro, uma vez que voce é o próprio templo.
Ouvi uma musiquinha com a seguinte
letra: "Procurei Deus e não o encontrei. Procurei a mim e não me achei.
Procurei o próximo e encontrei os três." Deus pode ser encontrado dentro
de cada um de nós e, se tivermos a capacidade de amar nossos semelhantes,
também vamos encontrá-lo neles, ou como diz Fantine, personagem da obra os
Miseráveis de Victor Hugo: “amar outra pessoa, é ver a face de Deus”.
E, sinceramente, não me parece que
possamos estabelecer uma relação pessoal com Deus, sem compromisso de servir os
outros. O problema é que a relação de fé com Deus, além de pessoal, é
essencialmente comunitária. É encontrando os outros nas necessidades e nas
celebrações que encontramos Deus. O que quero dizer é que, uma relação com Deus
envolve necessariamente uma relação com outras pessoas e um compromisso
concreto em assumir como norma de vida princípios de solidariedade e compaixão
no mundo da família, das estruturas políticas, das atividades religiosas, dos
movimentos sociais, dos negócios, enfim do dia a dia em que vivemos.
Então,
encontramos Deus dentro de nós mesmos, na exata medida em que encontramos a
pessoa do outro através de obras e atitudes concretas de caridade e de
justiça. E a justiça sem caridade não é
evangélica. Conforme o prefácio da missa de Cristo Rei, “o Reino de Deus é
Reino de Justiça, de amor e de paz”, ou ainda como disse Jesus, ao ser
interrogado sobre quando havia de vir o reino de Deus: “O reino de Deus não vem
com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o
reino de Deus está entre vós” (Lucas 17, 20-21).
Pensamento da semana:
"Ame a teu próximo como a ti mesmo e não faça aos outros o que não quer
que façam contigo." Jesus Cristo
1 - “prevenção e combate a atividades criminosas”.
2 - Acompanhar os “esforços da comunidade internacional” com vista a promover a “integridade, estabilidade e transparência” no setor financeiro.
3 - “Prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa.”
4 - “A promoção do desenvolvimento humano integral no plano material e moral requer uma profunda reflexão sobre a vocação dos setores econômico e financeiro e sobre a sua correspondência ao fim último da realização do bem comum”.
“Desejo renovar o compromisso da Santa Sé na adoção dos princípios e na utilização dos instrumentos jurídicos desenvolvidos pela comunidade internacional”.
LETTERA APOSTOLICA
IN FORMA DI “MOTU PROPRIO”
DEL SOMMO PONTEFICE FRANCESCO
PER LA PREVENZIONE ED IL CONTRASTO DEL RICICLAGGIO, DEL FINANZIAMENTO DEL TERRORISMO E DELLA PROLIFERAZIONE DI ARMI DI DISTRUZIONE DI MASSA
La promozione dello sviluppo umano integrale sul piano materiale e morale richiede una profonda riflessione sulla vocazione dei settori economico e finanziario e sulla loro corrispondenza al fine ultimo della realizzazione del bene comune.
Per questo motivo la Santa Sede, in conformità con la sua natura e missione, partecipa agli sforzi della Comunità internazionale volti alla protezione e alla promozione dell’integrità, stabilità e trasparenza dei settori economico e finanziario e alla prevenzione ed al contrasto delle attività criminali.
In continuità con l’azione già intrapresa in questo ambito a partire dal Motu Proprio del 30 dicembre 2010 per la prevenzione ed il contrasto delle attività illegali in campo finanziario e monetario, del mio predecessore Benedetto XVI, desidero rinnovare l’impegno della Santa Sede nell’adottare i principi e adoperare gli strumenti giuridici sviluppati dalla Comunità internazionale, adeguando ulteriormente l’assetto istituzionale al fine della prevenzione e del contrasto del riciclaggio, del finanziamento del terrorismo e della proliferazione delle armi di distruzione di massa.
Con la presente Lettera Apostolica in forma di Motu Proprio adotto le seguenti disposizioni.
Articolo 1
I Dicasteri della Curia Romana e gli altri organismi ed enti dipendenti dalla Santa Sede, nonché le organizzazioni senza scopo di lucro aventi personalità giuridica canonica e sede nello Stato della Città del Vaticano sono tenuti ad osservare le leggi dello Stato della Città del Vaticano in materia di:
a) misure per la prevenzione ed il contrasto del riciclaggio e del finanziamento del terrorismo;
b) misure contro i soggetti che minacciano la pace e la sicurezza internazionale;
c) vigilanza prudenziale degli enti che svolgono professionalmente un’attività di natura finanziaria.
Articolo 2
L’Autorità di Informazione Finanziaria esercita la funzione di vigilanza prudenziale degli enti che svolgono professionalmente un’attività di natura finanziaria.
Articolo 3
I competenti organi giudiziari dello Stato della Città del Vaticano esercitano la giurisdizione nelle materie sopra indicate anche nei confronti dei Dicasteri e degli altri organismi ed enti dipendenti dalla Santa Sede, nonché delle organizzazioni senza scopo di lucro aventi personalità giuridica canonica e sede nello Stato della Città del Vaticano.
Articolo 4
È istituito il Comitato di Sicurezza Finanziaria con il fine di coordinare le Autorità competenti della Santa Sede e dello Stato della Città del Vaticano in materia di prevenzione e di contrasto del riciclaggio, del finanziamento del terrorismo e della proliferazione di armi di distruzione di massa. Esso è disciplinato dallo Statuto unito alla presente Lettera Apostolica.
Stabilisco che la presente Lettera Apostolica in forma di Motu Proprio venga promulgata mediante la pubblicazione suL’Osservatore Romano.
Dispongo che quanto stabilito abbia pieno e stabile valore, anche abrogando tutte le disposizioni incompatibili, a partire dal 10 agosto 2013.
Dato a Roma, dal Palazzo Apostolico, l’8 agosto dell’anno 2013, primo del Pontificato.
A reportagem é deJohn L. Allen Jr., publicada no sítioNational Catholic Reporter, 05-08-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto para o IHU.
As revoluções são coisas engraçadas. Algumas são lançadas por um grupo, mas sequestradas por outros, como noEgito, onde os democratas liberais tornaram-se meros espectadores da real disputa entre o Exército e aIrmandadeMuçulmana. Algumas nascem em meio a um grande idealismo que rapidamente se torna uma cortina de fumaça para a hipocrisia, como nos vários levantes comunistas. Outras ainda fracassam, enquanto um punhado delas, no fim, produzem novos sistemas que, apesar das suas falhas, realmente mudam o mundo – as revoluções francesa e americana, por exemplo.
É muito cedo para saber qual trajetória se aplicará ao levante lançado pelo Papa Francisco, em parte porque, no nível das estruturas e de pessoal, ele ainda não fez muitas mudanças avassaladoras, e em parte porque os paralelos são inexatos de qualquer maneira – o catolicismo, afinal de contas, é uma família de fé, e não uma sociedade política.
Talvez a única certeza seja que a revolução está, de fato, em andamento. Em meados de julho, a revistaitalianaL'Espresso publicou uma reportagem de capa sobre o novo papa com a manchete "Ce la farà?". A frase significa algo como: "Será que ele vai conseguir?".
Não havia necessidade de explicar o foco da reportagem – todos, ao que parece, sabem que Francisco está tentando projetar uma glasnost católica.
Dentre outras inovações, Francisco decidiu pular a pausa de verão, permanecendo no Vaticano, ao invés de ir para o retiro papal em Castel Gandolfo (ele fez uma breve visita lá no dia 14 de julho). No entanto, a expectativa é de que agosto será um período de calma, depois da sua exigente volta para casa na América Latina para a Jornada Mundial da Juventude , noBrasil, como um prelúdio para as ações dramáticas do outono europeu.
Por isso, é um bom momento para dar um passo atrás e fazer algumas perguntas abrangentes:
• Quais são as principais linhas da revolução de Francisco?
• O que já mudou e o que ainda está por vir?
• Quem são as pessoas mais incomodadas pelas mudanças – que podem tentar resistir ou revertê-las?
• Quais são os momentos-chave que irão determinar quantas mudanças podemos esperar e se elas serão reais?
As respostas sugerem que a L'Espresso estão na pista certa: realmente há uma revolução em curso, mesmo que parte do seu conteúdo ainda esteja por chegar.
A mudança está aqui
Alguém poderia argumentar que, na maioria das coisas que interessam, a mudança já chegou.
Em apenas quatro meses, Francisco reavivou o prestígio internacional do papado e o seu capital moral. A edição italiana da revista Vanity Fair declarou-o recentemente como o seu "Homem do Ano", incluindo fragmentos de louvor de círculos improváveis, como Elton John, que denominou o pontífice de "um milagre de humildade na era da vaidade".
Pesquisas em várias partes do mundo mostram índices de aprovação que provocam a inveja de qualquer político ou celebridade. Uma recente pesquisa na Itália mostrou que a popularidade de Francisco era de 85%, com repercussões sobre a Igreja; a porcentagem de italianos que dizem confiar na Igreja era de 63% em comparação com os 46% de janeiro, durante o crepúsculo do papado de Bento XVI.
"Houve uma mudança mundial nas atitudes com relação ao papado desde a eleição de Francisco", diz o veterano observador do VaticanoMarco Politi, colunista do jornal italiano Il Fatto Quotidiano. "Houve uma grande onda de simpatia, não só entre os fiéis, mas também de pessoas que são muito seculares ou distantes da Igreja".
No máximo, Politi pode estar subestimando a questão.
Em termos de opinião pública, Francisco já está à beira de alcançar o status icônico de Nelson Mandela, uma figura de inquestionável autoridade moral. Diz-se que, durante a sua viagem ao Brasil, os protagonistas da agitação atual da nação praticamente avançaram uns sobre os outros em uma competição para ver quem poderia demonstrar mais deferência e respeito.
Há também um sentido em que Francisco é o "papa Teflon", em que nada de ruim parece grudar. Quando qualquer coisa escandalosa acontece, a reação não é culpar o papa, mas sim vê-lo como mais uma prova doporquê ele é necessário.
Um caso em questão: no fim de julho, uma revista italiana publicou relatos de que o prelado escolhido a dedo pelo papa para reformar o banco vaticano tinha se envolvido em questões gays impudentes, enquanto atuava como diplomata vaticano no Uruguai há mais de uma década. As pessoas inclinadas a tomar os relatos ao pé da letra viram-nos como uma prova de um "lobby gay" que Francisco irá derrubar; as pessoas dispostas a descartá-los disseram que eles são uma prova de que a reforma de Francisco está provocando resistência.
O que todos poderiam concordar é que Francisco é a solução, não o problema.
Verdade seja dita, as pessoas mais simples não estão prestando atenção a tais minúcias, de qualquer maneira. Os observadores do Vaticano podem se fixar em questões como quem Francisco irá nomear como o próximo cardeal secretário de Estado, ou que mudanças ele vai fazer no Instituto para as Obras de Religião (o banco do Vaticano), mas a única pergunta que a maioria das pessoas se faz sobre o papa é: "Ele nos inspira?".
Por enquanto, a resposta parece ser "sim". Dados todos os escândalos, a má cobertura da imprensa e as polêmicas, a Igreja Católica tem resistido ao longo da última década. Se isso não é uma revolução, é difícil saber como ela seria.
Em Roma, também, há claros sinais de que uma nova ordem já surgiu.
Os clérigos que se irritaram com aquilo que perceberam como uma crescente meticulosidade litúrgica durante os anos do falecido João Paulo II e de Bento XVI – aparecendo para a missa papal, por exemplo, apenas para ouvir que eles não estavam devidamente vestidos, porque não estavam exibindo púrpuras e rendas suficientes – relatam que tudo isso terminou em meados de março.
O estilo de vida mais humilde de Francisco está tendo um efeito cascata. Os príncipes da Igreja hoje são mais propensos a serem vistos usando uma simples veste clerical preta, em vez do esplendor indumentário habitual, e alguns começaram a assinar os seus nomes nas correspondências oficiais simplesmente como "Dom Fulano de Tal", evitando o "Sua Eminência" ou outros tipos de nomenclatura cortesã.
Mesmo os mendigos que fazem o seu comércio ao redor do Vaticano captaram que algo mudou. Os empregados do Vaticano dizem que, se eles desprezam um pedido por algumas moedas hoje, eles provavelmente vão ouvir como resposta: "Cosadirebbe Papa Francesco?" – ou seja, "O que o Papa Francisco diria?".
Fim de jogo
Tudo isso pode ser definido como questões superficiais de estilo, mas também há uma sensação de que as placas estão se movendo em um nível mais profundo.
Para dar o exemplo mais óbvio, há muito tempo existe uma distinção interna e externa no Vaticano, entre uma maioria que aparece para trabalhar e tenta fazer o seu trabalho, e uma elite minoritária que "faz o jogo" – que monopoliza o acesso ao papa, que controla a alocação de pessoal e de recursos, e que, de uma forma ou de outra, puxa as cordas do poder com base no clientelismo e na experiência política.
Há apenas quatro meses, esse jogo estava em pleno andamento. Empregados ambiciosos sabiam exatamente com quem deveriam tentar fazer amizade, de quais recepções deveriam participar, quais movimentos deveriam adular, que devoções deveriam abraçar, e assim por diante. Muitas autoridades vaticanas achavam isso repugnante, enquanto outras faziam isso com perfeição, mas, em todo caso, eles conheciam a situação do terreno.
Hoje, essa distinção infiltrados/forasteiros está em grande parte extinta. Por viver na Casa Santa Marta, por trabalhar no telefone por si mesmo e por ignorar os porteiros habituais, Francisco assegurou que ninguém tem o monopólio do seu ouvido.
"Ele é muito atraente, mas também é muito controlador, como todas as pessoas poderosas", diz Omar Bello, um jornalista católico argentino e autor de um novo livro sobre o papa.
Os esforços para divisar um novo conluio em torno do papa foram infrutíferos. Em maio e junho, porexemplo,Francisco foi frequentemente visto na companhia do arcebispo italiano Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, por causa dos eventos públicos relacionados com o "Ano da Fé" do Vaticano. Alguns pensam que Fisichella estava se destacando como um homem de influência – então, é claro, Francisco deixou Fisichella esperando sentado em um concerto no Vaticano no dia 22 de junho.
O que os observadores do Vaticano perceberam é que tentar descobrir quem está subindo e quem está descendo é perder o ponto-chave. A novidade é que o jogo, da forma como tem sido entendido e jogado, acabou.
Cada vez mais, os empregados vaticanos, nos bastidores, dizem que Francisco é o seu próprio dono, coletando a sua própria informação e tomando as suas próprias decisões – governando, em certo sentido, como o jesuíta provincial que ele já foi. Não há nenhuma eminência parda e nenhuma figura como o bispo (hoje cardeal) Stanislaw Dziwisz comJoão Paulo II ou como o monsenhor (agora arcebispo) Georg Gänswein com Bento XVI, atuando como um poder por trás do trono.
Com Francisco, o que você vê é basicamente o que há.
Marcas da nova ordem
Quatro marcas da nova ordem parecem claras.
Primeiro, esse forasteiro latino-americano parece determinado a romper o monopólio italiano no governo da Igreja universal.
Francisco estabeleceu três órgãos para dar corpo à sua reforma: um grupo de cardeais para ajudá-lo no governo, uma comissão para investigar o banco do Vaticano e uma comissão pontifícia para estudar as estruturas econômicas e administrativas do Vaticano. Tudo dito, eles incluem 21 pessoas agora em posição de influência real, com apenas três italianos entre eles.
(Como nota de rodapé, pode-se argumentar que são dois italianos e meio, já que a italiana nomeada para o painel para a reforma econômica e administrativa, uma leiga chamada Francesca Immacolata Chaouqui, é filha de mãe italiana e pai egípcio.)
Por trás disso, está um cálculo de que a "desitalianização" é uma condição sine qua non da reforma, especialmente no fronte financeiro. Como um cardeal não vaticano disse ao NCR em off, "se você quer transparência no dinheiro, então não olhe para a Itália como um exemplo".
Segundo, Francisco claramente quer reforçar o papel dos leigos – não apenas de forma cerimonial, mas na tarefa básica de reformar o Vaticano e de governar a Igreja.
A sua comissão para estudar as estruturas econômicas e administrativas, por exemplo, é composta por oito pessoas, das quais apenas um é padre – o Mons. Lucio Ángel Vallejo Balda, um espanhol que atua como secretário da Prefeitura para os Assuntos Econômicos do Vaticano, e que é membro da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, afiliada ao Opus Dei. Os outros sete são leigos tirados do mundo da economia, do direito e da gestão empresarial.
Logicamente, isso implica o corte das asas dos supremos senhores clérigos do Vaticano. No jornal italiano La Repubblica, o jornalista MarcoAnsaldo chamou a comissão de uma "completa subversão" da Cúria Romana – observando, dentre outras coisas, que os seus membros não irão relatar à estrutura de poder do Vaticano, mas sim diretamente ao papa.
Quatro meses atrás, se alguém quisesse influenciar as operações financeiras do Vaticano, tinha que chamar um cardeal italiano. Hoje, seria melhor aconselhá-lo a telefonar para um economista leigo de Malta – Joseph F. X. Zahra, que chefia a nova comissão.
Nova prestação de contas
Em terceiro lugar, Francisco está dando origem a uma nova cultura da responsabilidade, movendo-se em direção a uma compreensão mais anglo-saxônica de que "responsabilidade" significa que alguém pode realmente ser demitido.
Duas medidas críticas foram a renúncia no dia 2 de julho das principais autoridades do banco do Vaticano, o diretor, Paolo Cipriani, e o vice-diretor, MassimoTulli, assim como a suspensão no início de junho do Mons. Nunzio Scarano, um contador da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica.Scarano, logo em seguida, foi preso em conexão com uma suposta conspiração para contrabandear quase 30 milhões de dólares para a Itália e também enfrenta uma investigação separada por lavagem de dinheiro, referente a contas que ele mantinha no banco do Vaticano.
Historicamente, era quase impossível que alguém perdesse o emprego no Vaticano, em parte por causa das suas duras proteções trabalhistas, e em parte porque as autoridades insistiriam que a Igreja é uma família, e não uma grande empresa mundial.
Quaisquer que sejam os méritos desse sistema, os infiltrados dizem que ele tende a desencorajar potenciais delatores, porque a percepção era de que os malfeitores nunca iriam sofrer as consequências.
Scarano é um bom exemplo disso. Os infiltrados sabiam que o seu salário vaticano de cerca de 2.000 dólares por mês não poderia sustentar o seu estilo de vida luxuoso, que, de acordo com os procuradores italianos, incluía uma coleção de obras de arte com peças de Giorgio de Chirico e Marc Chagall.
Duas autoridades vaticana que falaram com o NCR nos bastidores e que conheciam Scarano disseram que sempre encontravam algo incomum sobre ele, mas nunca denunciaram porque não viam nenhum sentido nisso. Ambos disseram que hoje eles teriam se manifestado.
Em quarto lugar, quer seja uma questão de instinto ou de estratégia consciente, Francisco parece estar reposicionando a Igreja no centro, em termos políticos, depois de um período bastante longo em que muitos observadores percebiam que ela estava se deslocando para a direita.
O veterano jornalista italiano SandroMagister observou recentemente: "Não pode ser por acaso que, depois de 120 dias de pontificado, ainda não saíram uma única vez da boca de Francisco as palavras aborto, eutanásia, casamento homossexual", acrescentando que "esse seu silêncio é outro fator que explica a benevolência da opinião pública secular com relação a ele".
No entanto, Francisco não impôs nenhuma mordaça sobre si mesmo quando se trata de outros temas políticos, como a pobreza, o meio ambiente e a imigração. Diz-se que, para a sua primeira viagem fora de Roma, Francisco escolheu a ilha mediterrânea sulina de Lampedusa, um dos principais pontos de chegada de imigrantes pobres daÁfrica e do Oriente Médio que tentam chegar à Europa. O papa pediu uma maior compaixão por esses migrantes, repreendendo o mundo por uma "globalização da indiferença".
Embora a viagem tenha servido a leituras geralmente arrebatadoras, a direita anti-imigração na Europa ficou indignada. Erminio Boso, um porta-voz da Liga Norte, da extrema-direita da Itália, disse: "Eu não me importo com o papa. O que eu peço é que ele forneça dinheiro e terra para esses extracomunitários", referindo-se aos imigrantes sem documentos.
O deslocamento para o centro também parece claro em termos eclesiásticos. Em Roma, a percepção é de que os detentores de poder associados a posições moderadas, tais como o cardeal Oscar RodríguezMaradiaga, deHonduras, coordenador da comissão de cardeais, estão em ascensão, enquanto aqueles ligados a posturas neoconservadoras ou tradicionalistas, como o cardeal Raymond Burke, dos Estados Unidos, presidente doSupremoTribunal do Vaticano, estão em declínio.
A Igreja pode não dar uma guinada brusca nas suas alianças políticas, mas parece haver uma clara preferência pelo Evangelho social em comparação com as guerras culturais.
Esses pontos apenas já são indiscutivelmente significativos o suficiente para constituir uma "revolução", mas provavelmente há mais por vir, especialmente quando as comissões encarregadas de estudar a reforma apresentarem os seus relatórios.